quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Seis filmes assistidos na última semana, entre eles o "por favor, não assistam" Marido por Acaso (que me deixou muito preocupada com a Uma Thurman) e o "corram, porque é lindo" O Contador de Histórias, eis que resolvo falar de Em seu lugar. Pensei em escrever sobre ele, em primeiro lugar, por causa da Cameron Diaz.

Após ver Jogo de Amor em Las Vegas (com o fofo do "mod" do Ashton Kutcher) e o adorável O amor não tira férias (de elenco estrelar), minha amiga Isis e eu chegamos à conclusão de que a Cameron chega a ser irritante (a parte do irritante é por minha conta, confesso). Nós só nos inconformamos com o fato de ela ficar bonita com qualquer roupa. Sério: calça jeans de cintura baixíssima e top branco curto: maravilhosa; vestido juuuuuuuuuuuusto verde-oliva: espetacular; conjunto de moletom largo (mais parecido com um uniforme de gari): fantástica! Fora o fato de ela segurar um cabelo curto como poucas. De tal forma que eu chego a dizer: Justin, meu caro, nada contra a sua pessoa (não mesmo), mas ela era muito para você.

O filme. In her shoes começa de um jeito que te desanima. Traça um paralelo entre Maggie e Rose, duas irmãs absolutamente diferentes: uma fútil, gata, farrista, irresponsável e uma advogada feia (uma sacanagem com a Toni Collette colocá-la de irmã da Cameron), chata e bem-sucedida, mas com um armário repleto de sapatos tão maravilhosos que deixaria Carrie Bradshaw com invejinha. Do tipo loira fatal, a Maggie consegue drinks e noites maravilhosas fazendo uso do seu incrível charme e poder de sedução, enquanto Rose passa horas trancada em um escritório encucada com o seu peso.

Depois de mais uma briga, Maggie vai para a cama com o namorado de Rose e eles são flagrados por ela (traíra, traíras). Maggie então resolve ir atrás da avó, que ela até então nem sabia que estava viva. Mas ela vai para tentar extorquir a pobre velhinha, que reside em um maravilhoso Centro Ativo para Idosos. Ah, coisa mais linda do mundo o lugar. Senhores e senhorinhas arrumadinhos e felizes em um espaço só para eles. Muito verde, piscinas, programação esportiva e tudo. Aí eu preciso dizer que quem nunca foi à um asilo precisa ir. Óbvio que por aqui não vai ter um lugar tão bacana quanto o do filme. Mas eu garanto que é uma experiência enriquecedora e gratificante (assim como visitar creches de crianças carentes e presídios). São lugares para entrar absolutamente despojado de preconceitos e sair com a impressão de ter vivido cinco anos em uma tarde.

No Centro, a Maggie começa a trabalhar (porque antes essa prática era inaplicável a ela). E a gente descobre que ela não é uma tola idiota. Ela tem dislexia, ou seja, uma dificuldade na leitura, escrita e soletração que a travam bastante. Mas ela começa a superar isso lendo poemas para um senhorzinho em estado terminal.

Bacana ver o amor fraternal. As irmãs se amam incondicionalmente e uma precisa da outra, uma se encontra na outra. E isso fica bem claro no final da obra com o poema "Eu levo você comigo", do E.E. Commungs ("Eu levo seu coração comigo, eu o levo no meu coração, eu nunca estou sem ele, onde quer que eu vá você irá, minha querida, e o que é feito só por mim é seu feito, minha amada, não temo o destino, pois você é meu destino, meu encanto...").

Eu achei o filme um pouco grande, mas não tive em nenhum momento vontade de deixar para assistir ao seu término outro dia. Não há surpresas, o final é felizinho, mas a história é muito bem conduzida. A Cameron, inclusive, mostra-se mais do que uma bonitona. Acho que vale a pena ficar atento à programação do Telecine.

Ah! Para os adeptos da leitura como eu, o longa é baseado em um livro da Jennifer Weiner.