terça-feira, 28 de julho de 2009

Como férias são férias e, portanto, o seu significado deve ser encarado com seriedade (ao menos pra mim), minha produção tem estado baixíssima (para não dizer nula, confesso). Resgato, então, um texto escrito em 02 de dezembro de 2007. Com o passar do tempo, alguns números não são mais os mesmos, mas o meu corinthianismo, como todos sabem, com a proximidade do centenário, permanece inalterado. Vejamos:
Milton Neves, enfim, quase acertou uma proposição. Disse que no Brasil existem apenas duas torcidas: a corintiana e a anti-Corinthians. Louvável pela tentativa de explicitar o quanto é grandiosa a fiel torcida. Mas, meu caro Milton, incorreu em novo erro. Nós, corintianos, não torcemos para o Corinthians; nós somos o Corinthians! E você jamais poderá entender o que isso significa. Todos os times têm uma torcida, mas os corintianos têm um time. Nasce-se corintiano. Nada é tão significativo quanto o canto que ecoa das arquibancadas: "Corinthians, minha vida, Corinthians, minha história, Corinthians, meu amor!" São 4 títulos brasileiros, 1 mundial, 5 vezes campeão do torneio Rio-São Paulo, 25 paulistas. São 97 anos! 97 anos de uma devoção quase inexplicável, de uma fidelidade invejável. De Sócrates, Vladimir (805 jogos com a gloriosa camisa alvinegra), Rivelino, Basílio, Luizinho, Teleco, Casagrande, Marcelinho Carioca, Neto, Ronaldo, Tevez. Nomes que nem de longe se equiparam aos do atual elenco. Excepciona-se, esse ano, o brilhantismo de Felipe, disparado maior revelação brasileira após Robinho; Betão, que se tecnicamente foi várias vezes questionado, respondeu com a raça característica e admirada pelos corintianos; e, sim, ele, Finazzi, 12 gols. Não se pode acrescentar mais nenhum nome, nem mesmo Lulinha, o homem de 50 milhões, nem Dentinho ou Bruno Bonfim, como preferirem. O Corinthians se viu refém de sua própria grandiosidade, da ambição que afrontou a tão aclamada democracia do Parque São Jorge, do egoísmo de uma diretoria que apenas se preocupou com benefícios próprios. Mas o clube de 30 milhões de torcedores é maior do que tudo isso. Somos loucos por ti, Corinthians! Todo poderoso Corinthians! E, ironicamente, o hino do adversário desse fatídico domingo, o inesquecível 02 de dezembro de 2007, é perfeitamente aplicável ao que a Gaviões, o Pavilhão, o Estopim ou qualquer membro dessa nação afirmaria refletir uma verdade irretocável: até a pé nós iremos, para o que der e vier e estaremos com o Corinthians onde o Corinthians estiver. Seja na série B (C ou o que vier), seja na tão sonhada Libertadores da América! Não somos torcedores de temporada, de campeonato, de título, de fase. Conhecemos a história desse Sport Clube Corinthians Paulista, sabemos a escalação completa do time, conhecemos a diretoria. E queremos mesmo, Sanchez, mudança e transparência. Queremos um paulista, uma Copa do Brasil e a ascensão em 2008. Queremos menos sofrimento (porque o sofrimento em si nos é intrínseco), menos dor, menos lágrimas, menos desespero, menos gandulas jogando uma segunda bola em campo quando o goleiro está fora do gol. Exigimos dedicação, trabalho. Mas jamais abandonaremos o Coringão, que é tradição, que é o campeão dos campeões, de tradições e glórias mil, orgulho dos desportistas do Brasil, sempre altaneiro, eternamente dentro dos nossos corações. Porque o fundamental, como sempre repetido por aí, é mesmo ser corintiano!